- Sapo - foto: Mauro Teixeira Junior
Sapos
Deixei a noite cair sobre meus olhos. O frio umedece a face gelada e o gramado avermelhado reproduz como espelho o fim da tarde rubra com lampejos azuis. Voltei para perto dos sapos no Bairro Floresta, animal de apreciação de Jorge Amado. Gosto de ver os saltos e o descompromisso com qualquer invasor humano. Sapo grande, sapo médio, sapo pequeno. Bailarino hábil a se lambuzar na poça. Na casa de Jorge Amado o piso todo em madeira crua é gostoso de sentir, me evoca a memória de meus pés com as sapatilhas de ponta no movimento do relevè com as mãos fortemente fixas sobre a barra.
Vou trazer para plantar Dama da Note, minha for do samba.
- Daniela Aragão (3.7.2022)
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